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Rebeldes



Fomos demasiado maltratados nos últimos meses pela imprensa, mas ganhamos um argumento valioso que agora podemos usar: somos os que mais assustamos, somos os desobedientes, os que verdadeiramente confrontam a ordem instituída. Nos próximos tempos podemos inverter o efeito da campanha terrorista mediática entre aqueles que tenham em si ainda alguma semente de revolta. À nossa escala e dentro das nossas possibilidades actuais, mas não podemos deixar escapar a “publicidade” gratuita que nos deram. Não somos um grupelho político violento ansioso por obter atenção e poder. Somos a expressão visível dos mais apaixonados sentimentos de solidariedade e revolta. Rejeitamos tomar o poder, rejeitamos as hierarquias, rejeitamos que nos ponham a mão em cima. Só queremos ser livres. E como nós há muitos por aí, que de momento até podem não querer levantar a bandeira negra, mas podem estar connosco nas lutas. [somos] “Os radicais dos radicais – os gatos pretos, o terror de muitos, de todos os intolerantes, exploradores, charlatães, falsos e opressores. Consequentemente somos os mais injuriados, deturpados,
incompreendidos e perseguidos de todos.”